Hoje foi intenso na mídia a divulgação da chegada do presidente dos EUA ao Brasil, com sua esposa e filha. Cada passo dado pelo presidente era descrito pelos jornalistas em eufóricos e criativos detalhes. O aceno, o olhar, a roupa, a postura, o cumprimentar, enfim, cada detalhe, cada respiração, era repassado aos ouvintes ou telespectadores com um clima na qual parecia que o Brasil havia parado para recebê-lo.
Até antes mesmo do presidente Barack Obama chegar, os telejornais intensamente informavam sobre a importância de sua visita, pelo fato dos grandes acordos que interessavam tanto o EUA quanto o Brasil. Hoje mesmo ouvi falar sobre vários destes acordo como:
- comércio e cooperação econômica;
- cooperação no planejamento e desenvolvimento estratégico, de infraestrutura, de segurança e de apoio ao turismo na execução da Copa e das Olimpíadas;
- acordo sobre os transportes aéreos visando garantir a segurança do espaço aéreo dos dois países, combate ao terrorismo e facilitação para parcerias comerciais entre empresas brasileiras e americanas;
- um tratado que promove uma maior cooperação entre a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Nasa para “pesquisa, projeto, desenvolvimento, teste, fabricação, montagem, integração, operação ou uso dos Veículos Lançadores ou de Transferência, de Carga, ou de instrumentos” espaciais.
Segundo algumas informações da mídia, estes acordos precisam ser votados ainda na Câmara e no Senado para serem validados.
O grande desejo do governo brasileiro na visita de Barack Obama era a possibilidade que ele defendesse o Brasil, sobre a cadeira de membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, porém, ele não foi tão enfático.
O fato é que existe interesse do governo norte-americano na grande quantidade de pré-sal descoberto no Brasil. Por isso mesmo ofereceu cooperação na exploração, como também, quer que o Brasil se torne um grande fornecedor de petróleo a eles. Nós sabemos que este interesse se deu em razão dos intensos conflitos nos países árabes - grandes fornecedores de petróleo. Esta instabilidade forçou os EUA a procurarem outros fornecedores.
Que nosso governo abra os olhos e negocie se colocando no mesmo nível que os EUA. Hoje temos algumas cartas na manga para negociar, enquanto que os EUA só tem a oferecer cooperação nisso... cooperação naquilo... cooperação em etc... Na verdade eles querem oferecer aquilo que não comprometa sua economia. Eu duvido que eles abrirão mão do sistema protecionista que tem em relação aos produtos brasileiros.
Cleber Xavier
Nenhum comentário:
Postar um comentário