Cândido era um milionário, tinha 34 anos de idade e vivia em altas festas da high-society. Sempre preocupado com sua imagem, fazia de tudo para que seus "podres" não fossem divulgados. Até então, Cândido não tinha que se preocupar em relação a seu comportamento, pois para ele, o fato de não ser casado justificava suas "saidinhas" com mulheres de programa. Mas, mesmo assim, ele exigia de seus assessores que escondessem essas suas aventuras do público, principalmente da mídia.
Numa de suas aventuras sexuais ele acabou sendo humilhado por uma garota de programa por ter um mau desempenho sexual. Se sentindo rebaixado perdeu as estribeiras e acabou matando-a. Esse crime ganhou espaço na mídia e ele sendo afetado por tudo aquilo sentiu um amargo no peito e um arrependimento enorme por ter feito aquilo. Dormindo na cadeia, desejou ardentemente voltar àquele quarto e fazer tudo diferente do que ocorreu. Por circunstâncias do destino, quando abriu os olhos se viu naquele quarto esperando a garota de programa chegar, e percebeu que havia voltado no tempo. Ele não quis saber se aquilo tudo era um sonho ou não, ele só sabia que iria fazer tudo diferente. Quando a garota chegou, ele fez o programa e logo depois que ela o humilhou, ele a pagou e a mandou embora dizendo que nunca mais a queria ver. Depois prometeu em pensamento: "- Nunca mais vou fazer uma besteira dessa. Imagine estragar a vida que tenho por isso. Nunca mais!!!".
Passou um tempo e ele matou uma outra garota de programa. Lembrando de sua promessa quebrada, amargamente se arrependeu e desejou mais uma vez voltar. Abriu os olhos e se viu novamente na cena e arrumou o estrago que anteriormente havia feito. Passou o tempo novamente e ele cometeu o mesmo crime e quando tentou voltar para aquela cena de novo, por mais que ele quisesse não conseguia. Em vista disso, começou a gritar desesperado: "- Eu quero voltar, EU QUEROOO VOLTARRRR!!!
Cândido abre os olhos e se vê na mesma cadeia onde estava na primeira vez que cometeu o crime e percebeu que nunca havia voltado, tudo não passou de um sonho. Um guarda se aproxima e diz:
- Até que enfim acordou. Nós o drogamos porque você estava muito agitado e acabou dormindo por quase 18 horas. Por você ter muita grana, com certeza, você daria qualquer valor para voltar no tempo e mudar aquela cena, não é? Cândido olhou a sua volta e fechou os olhos. Por um momento as lágrimas desceram pelo seu rosto, pensou em tudo que havia vivido e sentiu um sentimento forte tomar conta de si. Se preparou como havia feito antes para voltar e segurando no colarinho do guarda disse em alto e bom som:
- NÃO QUERO VOLTAR, NÃO QUERO VOLTAAARRRR, NÃO QUERO VOLTARRRRRR!!!! AAAAAAHHHHHH!!!!
Com aquela cena, os guardas o agarraram e aplicaram outra droga para fazê-lo dormir. E Cândido mais desesperado grita: - SE EU DORMIR EU VOU VOLTAAAAAARRRRR!!! NÃO!!! NÃO!! NÃO QUERO DORMIRR!!!
Em razão da droga, Cândido dorme e um dos guardas, sem não entender sua atitude diz: - Muito poder pode ser um sinal de pouco controle.
Digo a vocês leitores, por que o milionário Cândido não queria mais voltar, mesmo que essa volta seja um sonho ou não? Por que ele não queria mais limpar o seu passado? O que o fez tomar essa atitude?
Nossa Boa pergunta...rsrs... creio que CÂndido não queria voltar mais pro passado pelo fato dele não conseguir cumprir sua promessa e sempre cometer erros semelhantes ao primeiro e no caso só piorando sua situação... No caso os acertos são baseados em erros cometidos no passado, então ele teria que pagar um preço para poder aprender a acertar no futuro... No texto sempre que ele tinha uma nova chance ele cometia um novo erro, pois não teria pagado o preço merecido pelo seu erro.
ResponderExcluirUm BeijoO Cleber:*
Gostei Grazy, boa interpretação ... parece que prá que um arrependimento seja verdadeiro é necessário que o erro permaneça.
ResponderExcluirSerá que não existe um acerto sem um erro para se ter como parâmetro, ou vice-versa? Como o novo, que só é novo porque existe o velho, ou o calor, que só é calor porque existe o frio. Enfim, a lei dos contrários.
Valeu pelo comentário.